PGR diz que governador do Rio recebeu R$ 554 mil em propina com ajuda da primeira-dama
Na denúncia encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Procuradoria Geral da República acusou o governador afastado do Rio, Wilson Witzel, de receber R$ 554 mil em propina em contratos da área da Saúde. O recebimento de parte destes valores teria contado com a participação da primeira-dama Helena Witzel.
Witzel foi afastado do cargo nesta sexta-feira, 28, por decisão do STJ, enquanto uma operação da Polícia Federal realizou seis prisões, como a de seu aliado o Pastor Everaldo, presidente nacional do PSC.
De acordo com a peça da PGR encaminhada ao STJ, entre agosto do ano passado e abril deste ano, Witzel teria recebido R$ 274 mil em 21 oportunidades. Nesta etapa, teria participado Helena Witzel e o advogado Lucas Tristão, ex-secretário e braço direito de Witzel, que também foi preso nesta sexta.
Este dinheiro, segundo a PGR, teria sido pago pelo empresário Mário Peixoto, que está preso, com o auxílio de quatro pessoas. Em troca, o governador permitiu que o Instituto Unir Saúde recuperasse sua qualificação para atuar perante o governo.
Além desses pagamentos, ainda de acordo com a denúncia, em outras quatro ocasiões, houve mais R$ 280 mil em propina. Os valores teriam sido pagos pelo empresário e ex-prefeito de Volta Redonda (RJ) Gothardo Lopes Netto, outro denunciado e preso na operação desta sexta-feira.